Denise Fissan
Em tudo o que não deixei, algo maior de mim ficou.
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Textos
CLANDESTINO
De algum modo se buscaram,  
Encontraram-se e se amaram,  
Amor puro, cristalino.
Tocaram-se em desejo ardente,
E fitaram-se de repente
Na realidade d’um sonho clandestino.  

Casaram-se a céu aberto.
Apenas a natureza sabe ao certo
De que modo se encaixavam.  
Em público as mãos nunca unidas:
A sociedade punia a vida
Daqueles que assim amavam.

O final, velho conhecido
De amores proibidos,
Perdera-se na lamúria
Da incompreendida beleza,
Desfigurada pela aspereza
Da humana injúria.

Felizes para sempre? – Não foram.
Os pesares ainda ecoam
Pelas estradas envelhecidas.
No retrato único que tiraram,
Gravados os olhos que se buscaram
Até o fim da vida.
Denise Fissan
Enviado por Denise Fissan em 28/06/2022
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